A História da Festa!


A bandeira é o símbolo do povo de Deus levando a fé e a religiosidade por toda a comunidade; sua cor vermelha representa o sangue dos mártires e lembra o fogo. Por onde a bandeira passa é derramada muitas bênçãos e beijar a bandeira são uma forma de devoção, respeito ao sagrado e a pessoa que carrega assume um compromisso com Jesus.

A pomba desenhada na bandeira é o significado da mansidão e do amor de Deus, as fitas são os dons do Espírito Santo, o fogo é um pedido a Deus de fogo do céu, a água é o Espírito Santo que mata a sede, as vestes brancas simbolizam a transfiguração de Cristo, a mão e dedo quando os israelitas esperavam Deus escrever nas tábuas da lei, a nuvem é a paz e sombra de Deus acompanhando seu povo. 

A Festa do Divino Espírito Santo é um ritual alegre e percorre fazendas, povoados visitando as casas levando mensagem de amor e fé. Os foliões vestem camisa e lenços vermelhos, a pé ou a cavalo eles vão por toda a região entoando seus cantos sagrados e as danças como a catira, a curraleira e outras.

A casa escolhida para ser o pouco é onde os foliões passam a noite e são recebidos com grande festa e mesa farta onde todos podem comer à vontade. A coordenadora exige que as pessoas sigam as regras de conduta. Na entrada da casa o folião representando o Alferes e que também carrega a bandeira, se dirige ao proprietário pedindo permissão para a Bandeira do Divino e os foliões fazer ali o pouso.

Momento de muita emoção é quando o dono da casa recebe a Bandeira e os Foliões ao ritmo de música.
Após as rezas e músicas diante da mesa com farta alimentação ao som de caixa (tambor) Rebeca, viola, pandeiro, violão e reco e reco eles cantam o “Bendito da Mesa”.
Momento de descontração é com a apresentação da catira.  Os passos dos Catireiros são guiados pelo som da viola e músicas às vezes improvisadas pelos cantores, uma dança muito antiga e rústica. Essa forma de sapateado.
A Folia da Roça é Culturas e encanta a todos por seu caráter majestoso desde as vestes, os instrumentos e as vozes fortes e ordenadas de homens e mulheres que com muita fé continuam esse ritual firmando sua tradição de amor às raízes e, sobretudo à religiosidade.


A Festa do Divino é uma manifestação popular, onde se unem a espiritualidade e o folclore, para agradecer ao Espírito Santo os dons e graças recebidas.

A origem mais remota da festa ocorre quando Moisés liderou o povo hebreu na fuga do Egito. Ela é citada na Bíblia como a festividade da colheita, quando todos repartiam os alimentos colhidos. Posteriormente, surge na materialização do Espírito Santo em forma de pomba, no batismo de Cristo, símbolo mantido na tradição da festa. A manifestação de Deus aos apóstolos no domingo de Pentecostes marca o dia da comemoração no mundo cristão: 50 dias após a Páscoa. A palavra grega pentecostes quer dizer cinqüenta. A origem histórica da festa deu-se na Europa Medieval. No século XV, ela chegou ao Arquipélago dos Açores, conjunto de ilhas do Oceano Atlântico colonizadas pelos portugueses. Adotada pela realeza de Portugal, a festa propagou-se pelo mundo, chegando ao Brasil e incorporando-se à nossa cultura.

Em Planaltina, a tradição da chamada Folia de Roça é preservada graças à abnegação de membros da comunidade local. Quem acompanha o giro da folia pela primeira vez pode até estranhar tanta festa numa cerimônia que deveria ser essencialmente religiosa. Isso decorre da origem bíblica, de celebração da colheita, e da matriz cultural portuguesa ou, mais especificamente, açoriana. Nos Açores, a festa inclui o pagamento de promessas, de forma a inverter a lógica. Se foi solidão a razão da promessa, paga-se com a alegria em grupo. Se foi dificuldade de qualquer ordem, o pagamento é uma festa de abundância. É uma forma de apagar da memória dos homens a lembrança da dificuldade sentida.

Outras tradições culturais são praticadas e mantidas na festa. Em Planaltina, prevalece a catira e a culinária tradicional goiana. E em cada recanto do Brasil, as tradições peculiares a cada região. Essa junção de fé e alegria aos valores sociais ganha um significado muito especial nos dias atuais. O mundo globalizado perde, a cada dia, noção desses valores. E seria bom que o sentido maior dessa festa se fizesse presente em cada brasileiro. Com as graças do Divino Espírito Santo.

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